segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Eu vou!

Literatura para encatar a todas as idades


Encontro de Literatura em novembro em BHZ

De 10 a 16 de novembro, Belo Horizonte recebe a 9ª edição do Encontro das Literaturas, que este ano tem como tema “A leitura te leva muito além das palavras”, abordando literatura popular, lendas e literatura de cordel e contando com importantes convidados nacionais. São sete dias de intensa programação que inclui feira de livros, palestras, bate-papos, exposições, oficinas e apresentações artísticas no Chevrolet Hall (avenida Nossa Senhora do Carmo, 230, São Pedro). Todas as atividades são gratuitas e promovem reflexões sobre as obras de vários autores, desde clássicos até expoentes da literatura contemporânea.
Realizado pela Prefeitura, por meio da Fundação Municipal de Cultura, e pelo Clube de Editoras Mineiras (CEM), esta edição conta com a parceria do Marista Dom Silvério, Usiminas, Sesc/MG e da Secretaria de Estado da Cultura e apoio promocional da Rede Globo. O Encontro traz ainda em sua programação o 4º Seminário Beagalê, o 5° Encontro da Arte de Ler e Contar Histórias, além de homenagear a educadora Magdalena Gastelois e o escritor Manuel Bandeira (19/abril/1886 - 13/outubro/1968 - Photo).
A literatura infanto-juvenil é destaque no Encontro das Literaturas. No Encontro Marcadinho, crianças e jovens têm a oportunidade de bater um papo com diversos escritores, além de participar de apresentações de teatro e música e oficinas diversas.
Já o Proseado consiste em encontros descontraídos com escritores no formato de bate-papo. Professores e intelectuais também debaterão o tema “De Brasil e de África” dentro do Seminário Beagalê.
O 9º Encontro das Literaturas oferece Histórias na Praça, em sessões diárias, e Oficinas Master, Oficinas Diárias, Mostra de Vídeo Marista Dom Silvério, os espetáculos “Mania de Explicação”, “Arande Gróvore”, “Cordel, cantoria e imaginário popular brasileiro” e “Dimim...Minas”, além de apresentações da Banda Marcial Marista Dom Silvério, do Bloco Repercussão, da Orquestra Jovem de Viola Caipira do Projeto Luthier e do Grupo de Côco Ouricuri.

A exposição “Imagens e Fábulas do Sol Nascente”, que também faz parte da programação, traz um recorte sobre a tradição de fábulas do Extremo Oriente com obras de ilustradores japoneses, italianos e brasileiros. “A Princesa Rubi”, “O rapaz que não quer trabalhar” e “A confiança nos sonhos” são alguns dos títulos das fábulas japonesas que acompanham as ilustrações na mostra.
A mostra “Lendas Brasileiras” tem como foco os principais personagens do folclore brasileiro representados com trabalhos do escritor e ilustrador Mário Bag, retirados do livro “Papa-figo e outras histórias”, e do quadrinista Antônio Cedraz, criador da “Turma do Xaxado”.
Estão previstas também a realização da última etapa do concurso 11° A Arte de Ler e Contar Histórias e a entrega dos prêmios dos concursos Ilustração de Poemas de Manuel Bandeira, Ensaios Universitários de “Machado de Assis” e Literários Cidade de Belo Horizonte e João-de-Barro.
O público poderá conhecer, no evento, os 30 desenhos classificados no concurso de Ilustração de Poemas, realizado de 15 de abril a 30 de agosto com alunos dos ensinos fundamental e médio das escolas de Belo Horizonte. E quem passar pelas Estações BHBus Barreiro e Venda Nova, entre os dias 4 e 16 de novembro, vai encontrar a exposição “Cartuns na estante” com desenhos de cartunistas mineiros.

Encontro de Literatura em BH


O espetáculo "Mania de Explicação" é uma das belas atrações deste econtro


Abertas inscrições para escolas


As escolas já podem inscrever seus alunos para as visitas aos estandes e exposições, para assistir ao espetáculo “Mania de explicação” e/ou para participar do Encontro Marcadinho. O agendamento das visitas deve ser feito mediante o preenchimento da ficha de pré-reserva, disponibilizada no site www.pbh.gov.br/cultura, e posteriormente enviada para e-mail visita.escola@gmail.com.
Após análise de data e horário solicitados pela escola, a produção do evento verificará a disponibilidade e encaminhará a confirmação da reserva. É importante que as escolas fiquem cientes que podem inscrever no máximo 100 alunos, respeitando um limite de 50 alunos por turno e que as visitas ocorrem de terça-feira a sábado, das 9h às 17h.
A programação completa do 9º Encontro das Literaturas pode ser conferida no site www.pbh.gov.br/cultura. Mais Informações pelos telefones 3277-4497 ou 3277-4620

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Homenagem sincera!


Belzonte...Belzonte...


Belo Horizonte é a cidade que escolhi para viver! Sou da Vertente Ocidental do Caparó. Aprece estas e outras photos da Capital dos mineiros no fotolog: belohorizonte.nafoto.net.


Homenagem boba?


BH Linda


Aprecie esta photo com olhos e mente. Belo Horizonte é, realamente, uma cidade bonita. É a verdeira Capital de Todos os mineiros. Estas e outras photos podem ser admiradas no fotolog: belohorizonte.nafoto.net.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Ferida aberta!


Sagrado Coração ou Tráfico de Órgãos


O tráfico de orgãos humanos é o terma principal da exposição do artista visual Hogenério Pereira da Silva (Photo). Pinturas, bordados, esculturas, instalações e obras tridimensionais compõem a exposição, que sugere reflexões sobre o problema do tráfico de órgãos, considerado o terceiro crime organizado mais lucrativo no mundo, perdendo apenas para drogas e armas.
A mostra reúne cerca de 20 obras em dimensões variáveis de 25 cm x 30 cm a 80 cm x 80 cm, em produção desde 1998. Segundo o artista, no princípio a idéia era fazer uma coletânea de obras de arte referentes ao sagrado coração, exaltando a importância física e poética do órgão. Após conversa com uma amiga, novas perspectivas surgiram, e Hogenério confrontou então a importância física e espiritual do coração com a lógica do mercado negro.

Hogenério
Nascido em Felisburgo, Minas Gerais, Hogenério é artista plástico, cenógrafo. Participou de diversas exposições coletivas e cinco individuais. Entre estas, destaque para "O Beijo", na Galeria de Arte Sesiminas (2002), “Wearable Art By Hogenério", na Galeria do Mercado da Lagoinha (1998), e "Personalidades com uma Visão Pop", no Espaço Cultural Ágora (1994).
Em mostras coletivas, integrou, em 2003, a exposição permanente do Museu do Presépio em Salvador (BA). Em 2004, participou da mostra comemorativa aos 450 anos da cidade de São Paulo. A partir desses trabalhos, surgiu a exposição "Uma viagem de 450 anos" no SESC Pompéia, São Paulo, em 2005. No mesmo ano, participou do Terceiro Salão Nacional de Arte Plásticas de Curvelo (MG) e da Sétima Mostra João Turim de Arte Tridimensional, em Curitiba. Durante sua carreira Hogenério também produziu cenários e figurinos para espetáculos de teatro.
Serviço:
“Sagrado Coração ou Tráfico de Órgão”
Período e horário para visitação: de 09 de outubro a 09 de novembro, das 8h às 18h – inclusive aos sábados e domingos.
Local: Galeria de Arte Copasa – Rua Mar de Espanha, 525, Bairro Santo Antônio, Belo Horizonte. Informações: (31) 3250.1506

Culinária Criativa


Dia da Alimentação


Hoje, 16 de outubro´é o Dia Mundial da Alimentação. A banana é o alimento precioso para combater a fome no mundo. Por isso ela é nossa homenageada.


Banana
A banana é o fruto, ou melhor, uma pseudobaga da bananeira, uma planta herbácea vivaz acaule e não uma "árvore", apesar do seu porte, da família Musaceae (género Musa - além do género Ensete, que produz as chamadas "falsas bananas").
As bananas constituem o quarto produto alimentar mais produzido no mundo, antecedida pelo arroz, trigo e milho. São cultivadas em 130 países. São originárias do sudeste da Ásia, sendo atualmente cultivadas em praticamente todas as regiões tropicais do planeta. Vulgarmente, inclusive para efeitos comerciais, o termo "banana" refere-se às frutas de polpa macia e doce que podem ser consumidas cruas. Contudo, existem variedades cultivares, de polpa mais rija e de casca mais firme e verde, geralmente designadas por plátanos, banana-pão ou plantains, que são consumidas fritas, cozidas ou assadas, constituindo o alimento base de muitas populações de regiões tropicais.
A maioria das bananas para exportação são do primeiro tipo, ainda que apenas 10 a 15% da produção mundial seja para exportação, sendo os Estados Unidos da América e a União Europeia as principais potências importadoras.
Fonte: Enciclopédia Livre Wikipédia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Banana



Casca de banana à napolitana

Lave 6 bananas e separe as cascas. Reserve.
Bata 1 ovo e acrescente, depois, 1 colher (sopa) de farinha de trigo, formando uma massinha. Passe as cascas nessa mistura e em seguida em 6 colheres (sopa) de farinha de rosca. Frite-as.
Àparte, refogue meia xícara (chá) de cebola e 1 dente de alho picado em 3 colheres (sopa) de óleo.
Acrescente 2 xícaras (chá) de tomate sem sementes, batido no liquidificador e peneirado. Deixe ferver. Salgue a gosto.
Por último, acrescente 1 colher de sopa de salsa picada.
Montando o prato
Em um refratário, coloque as cascas das bananas fritas, cubra com o molho e polvilhe com o queijo ralado. Coloque no forno para aquecer e sirva
.

Fonte: Alimente-se Bem – 300 receitas Econômicas e Nutritivas – Editora Sesi-SP

Culinária Criativa

A banana no Dia Mundial da Alimentação

O Dia Mundial da Alimentação é hoje, dia 16 de outubro, e a banana é um providencial alimento para combater a fome.

Banana

A banana é o fruto, ou melhor, uma pseudobaga da bananeira, uma planta herbácea vivaz acaule e não uma "árvore", apesar do seu porte, da família Musaceae (género Musa - além do género Ensete, que produz as chamadas "falsas bananas").
As bananas constituem o quarto produto alimentar mais produzido no mundo, antecedida pelo arroz, trigo e milho. São cultivadas em 130 países. São originárias do sudeste da Ásia, sendo atualmente cultivadas em praticamente todas as regiões tropicais do planeta. Vulgarmente, inclusive para efeitos comerciais, o termo "banana" refere-se às frutas de polpa macia e doce que podem ser consumidas cruas. Contudo, existem variedades cultivares, de polpa mais rija e de casca mais firme e verde, geralmente designadas por plátanos, banana-pão ou plantains, que são consumidas fritas, cozidas ou assadas, constituindo o alimento base de muitas populações de regiões tropicais.
A maioria das bananas para exportação são do primeiro tipo, ainda que apenas 10 a 15% da produção mundial seja para exportação, sendo os Estados Unidos da América e a União Europeia as principais potências importadoras.
Fonte: Enciclopédia Livre Wikipédia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Banana

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

TV

Burocracia televisiva

Debate político da Rede Bandeirante faz telespectador dormir. Isso mesmo! A Rede Bandeirante proclama aos quatro ventos que sai na frente nos debates com os candidatos durante as eleições no país. Sai apenas na frente, mas não consegue segurar o público durante o programa, porque é burocrático, cansativo e enfadonho.
Excesso de zelo. Falso zelo e muita prepotência. No início da redemocratização do Brasil, os debates promovidos por essa rede de emissora foram importantes para a conscientização do povo brasileiro. Agora a mesma rede de emissoras espanta o público.
Triste fim para quem um dia já foi interessante e necessária!




sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Oficina gratuita de Arte

Oficina sobre conservação de acervos no

Museu de Arte da Pampulha

Já estão abertas as inscrições para a oficina de conservação de acervos, oferecida pela Prefeitura em parceria com o Departamento de Museus e Centros Culturais do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A atividade será realizada de 26 a 28 de novembro, das 9h às 12h e das 14h às 17h, no Museu de Arte da Pampulha (avenida Otacílio Negrão de Lima, 16.585, Pampulha).
São oferecidas 50 vagas e as inscrições, que custam R$ 30 (com meia-entrada para estudantes), devem ser feitas pelo telefone 3277-1561 ou pelo e-mail
map.comunicacao@pbh.gov.br até o dia 20 de novembro. O candidato deve enviar, para avaliação, um breve currículo de, no máximo, duas páginas.
A oficina, com a especialista Wívian Diniz, pretende auxiliar na atualização da capacitação técnica de profissionais que atuam na conservação de bens culturais por meio de workshop com atividades teóricas e práticas. Serão abordados os seguintes temas: os museus e suas funções; conceitos de preservação, conservação e restauração; breve histórico da preservação de bens culturais; fatores de degradação: ação humana, condições ambientais, ataques biológicos e reações químicas; documentação e conservação preventiva: elaboração de diagnóstico e plano de conservação; procedimentos técnicos e rotinas de acondicionamento, manuseio, embalagem e transporte e política de conservação de acervos.
Wívian Diniz é arquiteta especialista em conservação e restauração de bens culturais móveis e mestre em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da UFMG. Trabalhou e prestou consultoria para importantes instituições, como a Fundação Cultural de Curitiba, Prefeitura de Sabará, Museu do Ouro, também em Sabará, Museu das Missões, no Rio Grande do Sul, Fundação Clóvis Salgado, Museu de Porto Seguro, Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, entre outros. Atualmente, cursa mestrado em Tecnologia pela Universidade de Tecnologia do Paraná.
Informações: (031) 3277-1561

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Humor corrosivo


“De Tudo Fica Um Pouco”


Mostra de desenhos e esculturas de Genin Guerra. Nascido em Itabira, no final da década de 1950, Luiz Eugênio Quintão Guerra, o Genin, reflete, em seus trabalhos artísticos, sua história, seu tempo, seu país e sua cidade. Influenciado pelos poemas inspiradores do conterrâneo ilustre Carlos Drummond de Andrade e pelos ares das décadas de 1960 e 1970, marcadas pela ditadura militar e pela revolução dos costumes, o desenhista tem o seu traço, ora carregado do lirismo poético da simplicidade mineira, ora pleno do humor irônico e cético do interiorano. Iniciou suas atividades na imprensa alternativa, nanica, de Itabira, cidade mineradora onde a destruição do meio ambiente era e continua sendo uma questão bastante presente. Assim, troca a Engenharia Civil pelas redações de jornais mineiros, atuando como cartunista, chargista e ilustrador. Não denuncia apenas nossas mazelas, mas celebra a beleza, retratando mestres da música e da poesia. A primeira experiência profissional com o desenho se deu em 1979, no jornal alternativo O Cometa Itabirano, do qual foi um dos fundadores e onde começou fazendo cartuns, charges, caricaturas e ilustrações diversas. Cursou a Escola de Belas Artes da UFMG de 1980 a 1986, paralelamente ao curso de Engenharia Civil da PUC Minas. Foi editor de arte do jornal Diário do Comércio e do Jornal de Casa, em Belo Horizonte. Além de charges diárias e ilustrações, fez o planejamento gráfico dos dois jornais de 1993 a 2000. Elaborou projetos gráficos e artes para CD’s da empresa “Sonhos e Sons Estúdio de Criação Musical – Marcus Viana”. Teve trabalhos publicados na revista de humor Bundas (RJ) e nos jornais Gazeta Mercantil (MG), Estado de Minas, Hoje em Dia (MG) e O Pasquim 21 (RJ). Desde 2000, vem se dedicando a esculturas em bronze, especialmente de artistas brasileiros da música e da poesia. Inaugurou em 2002, em Itabira, três esculturas em tamanho natural de Carlos Drummond de Andrade. Em Itabirito fez a escultura de Orson Welles, no Largo dos Imigrantes (2006), e do ex-técnico Telê Santana (2007). Em julho de 2002, por ocasião das festividades em comemoração do Centenário Carlos Drummond de Andrade, inaugurou, no Memorial CDA, em Itabira, a mostra de desenhos “O Anjo Torto”.

Serviço: Exposição “de Tudo Fica um Pouco”
De Genin Guerra.
De 8 a 21 de outubro de 2008
Espaço Político-Cultural Gustavo Capanema –
Rua Rodrigues Caldas, 30 - Santo Agostinho - 30.190-921 - Belo Horizonte - MG –
(31) 2108-7826

Vale a pena conferir!

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Lazer


Fim de semana de lazer nos
parques municipais de BH


Neste fim de semana, a Prefeitura promove diversas atividades de lazer, saúde e cultura nos parques municipais das Mangabeiras (avenida José do Patrocínio Pontes, 580, Mangabeiras) e Américo Renné Giannetti (avenida Afonso Pena, 1.377, Centro). Toda a programação é gratuita.
O Parque das Mangabeiras sedia na sexta-feira, dia 3, às 21h, na Praça das Águas, mais uma edição da Seresta ao Pé da Serra, com apresentação do grupo Voz e Arte. No sábado, dia 4, das 14h às 17h, na Sala de Multimeios, haverá Oficina de Origami, para confecção de plantas e animais utilizando as técnicas do Origami. A técnica desenvolve a percepção, o raciocínio e a criatividade a partir de dobraduras. Será necessária inscrição prévia.
Ainda no sábado, às 7h, haverá caminhada pela Praça das Águas, mirante, vale dos quiosques e lago dos sonhos, em comemoração ao Dia da Ave da Ecoavis. Logo após, às 14h, no Centro de Educação Ambiental, haverá um mini-curso de fotografias de aves.
No sábado e domingo, dias 4 e 5, das 8h às 18h, no Platô Superior do Estacionamento Sul, haverá uma atividade gratuita de recreação promovida pelo biscoito Trakinas, com jogos, cinema e massagem.
Parque Municipal
O Parque Municipal Américo Renné Giannetti oferece no sábado, dia 4, aula de Tai Chi Chuan, de 8h às 9h30, na Praça do Trenzinho. Para participar é necessária a inscrição prévia pelo telefone 3277-4161.
No domingo, dia 5, de 9 às 12h, no Coreto, o projeto Guernica promove oficina de artes plásticas para jovens em situação de vulnerabilidade social. O projeto pretende, por meio da educação, contribuir para a diminuição da depredação e vandalismo contra o patrimônio publico e inclusão social destes. No mesmo dia, das 9 às 13h, também no Coreto, o Ponto de Leitura realiza atividades de leitura, contação de história, poesias e performances diversas.
Ainda no domingo, das 9h às 14h, próximo ao Teatro Francisco Nunes, haverá degustação de alimentos oferecida pelo Grupo de Aliança Libertária Animal. Das 9h às 13h, na Praça de Alimentação, também haverá degustação de alimentos vegetarianos e exposição com literatura relacionada ao tema promovida pela Sociedade Vegetariana Brasileira. Das 15h às 17h, em frente à Praça do Trenzinho, será realizado treinamento de grupo de Capoeira Angola.

Informações: na Fundação de Parques Municipais: (31)3277-9244.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Justiça feita!


José Cleves

Jornalista absolvido da acusação
de assassinar sua mulher

O jornalista José Cleves acaba de ser absolvido, pelo Superior Tribunal de Justiça, em última instância, da acusação de ter assassinado a mulher Fátima Aparecida, há oito anos. Provou sua inocência em vários julgamentos e provou que a "casa de caboclo" foi armada por policiais, como vingança pelas denúncias de corrupção policial, publicadas no jornal Estado de Minas. Agora, trabalhando no jornal Nova Lima Times, ele relata a angústia sofrida até o julgamento final.

Como você se sente, agora que o STJ encerrou de vez o seu caso, depois de quase oito anos de agonia?
É como se eu tivesse ganhado a liberdade. Aprendi que a injustiça dói mais do que qualquer outro tipo mal físico e psicológico. Por isso, ela está intrinsecamente ligada à violência.
Como o sr. vê o comportamento da polícia e da imprensa em seu caso?
Vejo a posição da polícia como a lenda do escorpião: Era natural que eu fosse picado, cedo ou tarde, pelas minhas provocações jornalísticas, porque está na natureza do mau policial envenenar os seus desafetos; já a imprensa não me picou por dolo, como diz o paradoxo socrático: erraram mais por falta de qualificação.
Explica melhor esse erro (ou falha) da imprensa?
Foram vários erros em todas as fases do meu caso. Repórter nenhum fiscalizou o inquérito e muito menos folheou o processo que não corria sob sigilo de justiça. Optou-se pelo jornalismo declaratório, aquela verborragia de escrever por ouvir falar. O contraditório não era justo naquela fase de trepidação moral do inquérito, porque a polícia falava sem apresentar as provas. E eu não podia invocar laudos, porque estavam todos eles sob o seu domínio. O acirramento do debate poderia piorar ainda mais a situação para o meu lado. Ora, existe um axioma jurídico que diz que o ônus da prova é de quem acusa, e isso valia também para aquele momento. Para se ter uma idéia dos erros da imprensa no meu caso, basta dizer que no jornal Hoje em Dia, ao noticiar o resultado do julgamento, o repórter disse que a balística era positiva, naturalmente repetindo a mentira que o delegado plantou na mídia na fase inicial das investigações, seis anos atrás. Reclamei e não houve retratação.
O Diário da Tarde manchetou que fui absolvido “por falta de provas” e repetiu, a partir do segundo parágrafo, a denúncia do promotor Guilherme Pereira Valle, também de seis anos atrás. Vai aqui um aviso a estes jornalistas:
1) balística positiva fecha qualquer inquérito, é prova direta, indefensável;
2) a justiça é soberana, de modo que em qualquer reportagem sobre julgamento, o critério jornalístico segue a linha da verdade presumida, ou seja: prevalece a sentença. Se o réu foi absolvido de 7 a 0, como foi o meu caso, é porque a sua versão foi dada como verdadeira. Se meu advogado apresentou aos jurados 10 laudos a meu favor, como pode a reportagem argüir falta de provas? Fui absolvido porque Marcelo Leonardo provou, nos autos, em todas as instâncias, e à unanimidade, que a arma foi plantada no local em um flagrante crime contra a liberdade de imprensa, porque o objetivo da polícia era interromper as denúncias que eu vinha fazendo contra a corrupção policial.
E aquela história inventada pela polícia de que o sr. usou uma luva para apagar as provas do crime, se o auto de apreensão dizia que a arma estava sobre um monte de pedras, como foi isso?
Este foi, sem dúvida, o maior erro da imprensa: acreditar na versão fantasmagórica da polícia que criou um entrecho típico das tragédias gregas satirizadas para explicar o inexplicável à guisa de uma critica que trocou o cepticismo natural dos bons jornalistas pela crença exacerbada dos burocratas da redação. Veja bem: diz a polícia, no processo, que eu comprei a arma de um desafeto (o militar que trabalhava no caça-níqueis, alvo de minhas denúncias). Teria matado a minha mulher com o uso de uma luva para apagar as provas do crime, depois depositei a arma sobre a luva nas proximidades da tragédia, chamei a polícia, quis ser ouvido no mesmo dia, onde fui submetido a exames para detectar se havia pólvoras no meu braço. No dia seguinte pedi que um promotor acompanhasse o caso. Criou-se, assim, a figura de um criminoso louco em busca de notoriedade. Sempre me dediquei muito a estudos literários sobre o comportamento do homem, as suas nevroses epilépticas, surtos, e outras anomalias psíquicas, e nunca vi algo igual. Nem nas tragédias gregas, nem nas obras fantásticas de Shakespeare, Dante, Racine e outros bambas da arte cênica que tanto contribuíram e contribuem até hoje para a ciência.
O senhor quer dizer que a imprensa acreditou em contos de carochinhas?
Acreditou no improvável, no inverossímel, no inimaginável, até porque, um homem em perfeito estado de equilíbrio mental, como eu, não enfeitaria a cena do crime para obter fama e cadeia; só se enfeita a cena do crime nos casos de magia negra, mesmo assim, escondido da polícia.
Qual era o seu maior temor durante todo o andamento deste processo?
Tinha receio de que o processo fosse trancado. Queria o julgamento justo para provar a minha inocência e sempre falei isso para o meu advogado Marcelo Leonardo. Temia não poder ter a oportunidade de mostrar à opinião pública que a polícia fraudou o processo, ao efetuar dois depósitos da arma, um no dia 12, sobre um monte de entulho, e o outro, dia 19, do revólver sobre um imenso pano preto, para parecer que era uma luva. Esta última foto foi anexada no laudo de levantamento do local em substituição à primeira. O pano desapareceu no Fórum. Está tudo no processo.
Depois que o caso estourou, o jornal Estado de Minas, onde eram publicadas suas denúncias, ficou indiferente com você?
Estão sempre me fazendo esta pergunta. Seria interessante que o próprio jornal respondesse isso. Trabalhei nos Diários Associados mais de 20 anos. Entrei e sai da empresa quatro vezes, sem nunca ter sido demitido. Sempre tive um ótimo relacionamento com os funcionários e a diretoria. Os diretores Zenóbio e Álvaro sempre me receberam bem. Eles compareceram ao lançamento do meu livro, uma semana após o assalto, sempre hipotecando apoio moral e dando demonstração de que acreditavam na minha inocência. Creio que houve um receio exagerado do diretor de redação, Josemar Gimenez, pelo corporativismo sem causa, aquela coisa de defender o indefensável, ainda que eu merecesse gestos de gratidão. Esta postura de prevenção do Josemar ficou clara numa conversa que tivemos, quando o informei sobre a estratégia de meu advogado para a defesa. Ele perguntou suspicaz: “O caso é defensável?! A cobertura do meu caso, portanto, limitou-se aos registros sucintos do fato. Não posso ser injusto com os meus colegas Ilson Lima, Maria Clara e Newton Cunha, que atuaram direta e indiretamente no caso. A carga de emoções em cima deles foi muito forte. Ninguém vela o corpo de um amigo sem extrapolar as emoções. Eles choraram comigo várias vezes, não sei se já imaginando o meu fim trágico, trancado na cadeia inocentemente, ou mesmo culpado, porque ninguém era obrigado a acreditar nas minhas palavras. O certo que eles são meus amigos.
O sr. tem demonstrado muita gratidão ao seu advogado, Marcelo Leonardo. Dizem até que ele fez a sua defesa de graça. É verdade isso?
Quando a policia começou a me acusar, Marcelo Leonardo ligou para a Maria Clara e se ofereceu para me defender. Ele acompanhou o meu depoimento, dia 15, quando fui indiciado, e depois da reconstituição do assalto, procurei-o acompanhado do meu filho Renato, para saber como seria a coisa dali em diante. Ele disse: “Você tem que me contar a verdade”. Respondi: “A verdade é essa, doutor, eu sou inocente”. Ele ficou pensando e eu emendei: “Não tenho dinheiro para pagar o senhor, mas tenho a minha inocência. Isso eu garanto”. Ele acreditou no que eu dizia e fez uma defesa brilhante, ética e competente, digna de uma monografia que seria de grande valor para o futuro da advocacia criminal. Virou um ombro amigo. Esta dívida a classe jornalística tem com ele, porque ele não defendeu um réu jornalista, mas um jornalista injustiçado, vítima de um crime de imprensa. O Dídimo Paiva, outro ombro amigo (tem ainda a Dinorah do Carmo, Vera Godoy, Aloísio Lopes, Nilmário Miranda, a professora Valéria Said, são vários), disse que os jornalistas mineiros não vão esquecer isso e que Marcelo Leonardo terá a gratidão de todos eles.

Assessoria de imprensa do Sindicato dos Jornalista Profissionais de Minas Gerais - SJPMG