sexta-feira, 29 de julho de 2011

Cultura viva!!!

Eleição do Conselho Municipal de Cultura
será em setembro

Em setembro, a Fundação Municipal de Cultura (FMC) vai realizar, pela primeira vez, a eleição do Conselho Municipal de Cultura. Trata-se de um processo muito aguardado pelos profissionais do setor cultural e pela população de Belo Horizonte de modo geral. A constituição desse órgão representativo significa que a sociedade civil terá participação efetiva na elaboração e na execução das políticas públicas para a área cultural no município.
No dia 11 de setembro, serão eleitos em assembleia setorial seis membros titulares e suplentes do setor cultural e no dia 18 serão realizadas assembleias regionais para a eleição dos nove membros titulares e suplentes, representantes de cada regional. Os cidadãos interessados em participar da eleição do Conselho têm até o dia 7 de agosto para apresentar o formulário de inscrição preenchido e os documentos listados em edital disponível no site da FMC.
Origem
De acordo com o diretor de Ação Cultural da FMC, Rodrigo Barroso, os três níveis de governo, desde 2003, preparam-se para a implantação dos sistemas nacional, estaduais e municipais de cultura. Ele explica que Belo Horizonte assinou, em 2005, protocolo de intenção, aderindo ao sistema preconizado pelo Ministério da Cultura. “Esse foi o passo mais importante das políticas públicas de cultura desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, que consagrou a cultura como direito de todos”, afirma.
Em 2008, foi sancionada a lei de criação do Conselho Municipal de Cultura, mecanismo que deu ao setor cultural a oportunidade de participar das decisões sobre os rumos da política cultural do município.
Os primeiros passos para a constituição do Conselho em Belo Horizonte aconteceram em abril deste ano. Na época, a Fundação Municipal de Cultura (FMC) realizou uma reunião pública, na qual foi formada uma Comissão Técnica Paritária constituída por membros da sociedade civil organizada e representantes da FMC. Seu objetivo era rever os dispositivos legais do Conselho Municipal de Cultura.
Os trabalhos dessa Comissão culminaram em uma segunda reunião pública que definiu, por votação, a minuta do novo decreto de criação do Conselho, sancionada pelo prefeito Marcio Lacerda em 18 de maio de 2011.
Estava aberto, assim, o caminho para a realização das eleições do Conselho Municipal de Cultura. Em junho, a Fundação Municipal de Cultura (FMC) disponibilizou em seu site a minuta do edital do processo de eleição do Conselho Municipal de Cultura de Belo Horizonte para uma consulta pública. Os interessados tiveram a chance de analisá-la e sugerir mudanças por e-mail. As contribuições resultantes da consulta pública foram sistematizadas por um grupo de trabalho, sendo utilizados critérios legais para incorporar as sugestões recebidas. O resultado desse trabalho foi apresentado à sociedade civil durante reunião pública, em 28 de junho, no Teatro Marília.
Na mesma reunião, foi designada uma comissão eleitoral formada por representantes do setor cultural e funcionários da FMC para coordenar e fiscalizar o processo de eleição dos conselheiros representantes da sociedade civil. Para Marco Aurélio Ribeiro, integrante dessa comissão, o fato de ser um grupo paritário dá credibilidade à eleição. “Enquanto o poder público tem uma visão, a classe artística às vezes enxerga de outra forma. Juntar esses dois pontos de vista nas discussões é fundamental”, afirma. Marco Aurélio acredita que a formação do Conselho Municipal de Cultura será um ganho para a sociedade. “Apesar de estarmos apenas no início desse processo, ele já é um avanço histórico para a área cultural”, afirma.

Política cultural

São eleitos representantes para integrar nova Comissão de Incentivo à Cultura
A Fundação Municipal de Cultura (FMC) realizou uma assembleia no Teatro Marília para eleger os representantes do setor cultural que irão compor a nova Comissão Municipal de Incentivo à Cultura (CMIC). Foram eleitos seis representantes da sociedade civil. Os três artistas mais bem votados, que conquistaram o cargo de membros titulares da CMIC, são: Robson Vieira, da área das artes cênicas, Madu Dorella, de artes visuais, e Marcelo Murta, do patrimônio cultural. Os três suplentes são Richardson Santos, das artes visuais, Lubiana Mol, da literatura, e Michelle Andreazzi, da música. A CMIC conta ainda com seis representantes do poder público, que serão indicados pela presidente da FMC, Thaïs Velloso Cougo Pimentel. A posse dos membros acontecerá em agosto.

O chefe do Departamento de Fomento e Incentivo à Cultura, Cleidisson Dornelas, relembra que ao longo de seus 17 anos, a Lei Municipal de Incentivo à Cultura tem contado com a contribuição da sociedade civil na composição da Comissão Municipal de Incentivo à Cultura. “Por ter caráter paritário, ela garante a representantes do setor cultural a possibilidade de participar diretamente das decisões referentes ao aporte de recursos da Lei”, afirma. Para Cleidisson, a Assembleia do dia 26 de julho refletiu a significativa mobilização do setor e contou com a participação de eleitores ligados a diversas áreas da cultura.

Participaram do processo eleitoral da nova CMIC representantes do setor cultural de Belo Horizonte, inscritos durante o processo de cadastramento, que aconteceu entre os dias 6 e 30 de junho. Ao todo, 118 pessoas apresentaram a documentação exigida e comprovaram pelo menos dois anos de atuação na área cultural, estando, portanto, aptas a votar. As vagas da sociedade civil foram disputadas por sete candidatos que representavam as áreas de artes cênicas, artes visuais, música, literatura e patrimônio cultural. O setor audiovisual não apresentou candidatos para composição da comissão.

A CMIC é formada por três representantes do poder público e três do setor cultural. Ela é responsável pela análise e seleção dos projetos culturais inscritos para obtenção de recursos por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. Os integrantes dessa comissão exercem mandato de um ano, podendo ser reconduzidos uma única vez por igual período.

Conheça os representantes do setor cultural:

Titulares

Robson Vieira (artes cênicas): Ator e bailarino, trabalha com teatro e dança há quase 18 anos, tendo participado de mais de 20 espetáculos e recebido seis prêmios de melhor ator dentro e fora de Minas Gerais. É fundador de A Patela Cia de teatro&dança, ex-integrante e fundador da Cia Lúdica dos Atores e do Grupo Intervalo. Como professor, atuou em vários projetos de formação artística da cidade

Maria do Carmo Junqueira Dorella (artes visuais): Madu Dorella trabalha profissionalmente como fotógrafa. Tem estudos desenvolvidos sobre a estética do grafite e tem participado com trabalhos fotográficos de mostras, exposições e publicações. Vem atuando efetivamente em entidades ligadas à fotografia e às artes, como o Fórum Mineiro de Fotografia Autoral, a Fototech MG e o Fotoclube de Belo Horizonte, com a intenção de produzir, promover e difundir projetos importantes para o cenário cultural de nossa cidade e do nosso estado.

Marcelo Murta (patrimônio cultural): Historiador, gestor cultural e ex-aluno da escola de música do CEFAR, atuou em diversas instituições e projetos culturais nas áreas de patrimônio e memória, como Iepha, APM, FMC, Casa Fiat, além de prestar consultoria para prefeituras municipais. É parecerista do MinC e consultor da Unesco para o Departamento de Patrimônio Imaterial do IPHAN.

Membros Suplentes

Richardson Santos (artes visuais): Cartunista formado em Licenciatura em Desenho e Plástica pela Escola de Design (UEMG), com Pós-Graduação em Projetos Editorias Impressos e Multimídia (Centro Universitário UNA). Atua na área de ilustração para livros didáticos e revistas.

Lubiana Mol (literatura): Atuou na área cultural da Prefeitura, em projetos, eventos e atividades promovidos pela Fundação Municipal de Cultura. Atualmente, é assistente executiva da Câmara Mineira do Livro.

Michelle Andreazzi (música): Foi aluna do Centro de Formação Artística do Palácio das Artes e desde 2005 cursa o bacharelado em canto pela Escola de Música da UFMG. É cantora do grupo Capim Seco. Nos últimos anos, transformou alguns de seus poemas em composições musicais. É professora de canto, investigadora vocal, pandeirista e, atualmente, pesquisa e interpreta o samba de Belo Horizonte.

Poesia Viva!!!

Adriana Versiani no do projeto Terças Poéticas
A poetisa mineira Adriana Versiani presta homenagem à grande poetisa norte-americana Sylvia Plath, com leituras de “Breve Dicionário de Nomes” e “Olmo e Elmo”, no evento Terças Poéticas, que acontece na terça-feira, dia 2, nos jardins internos do Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1.537, Centro). A entrada é gratuita.
O projeto de leitura, vivência e memória de poesia Terças Poéticas têm a curadoria de Wilmar Silva e comemora em 2011 seis anos de realização no Palácio das Artes. Ao longo do projeto, quase 20 mil pessoas já assistiram aos recitais de poesia.
Adriana Versiani nasceu em Ouro Preto, Minas Gerais, em 1963. É autora dos livros “Dentro-Passa”, com Camilo Lara, “A Física dos Beatles” (2005), “Conto dos Dias” (2007), o virtual “Explicação do fato” (2007) e “Livro de Papel” (2009). Foi co-editora das edições Dazibao, coleção Poesia Orbital, Jornal Inferno e revista Ato. É uma das editoras do jornal Dezfaces.
Já Sylvia Plath (1932-1963) foi poeta, romancista e contista norte-americana. Reconhecida principalmente por sua obra poética, Sylvia escreveu também um romance semi-autobiográfico, "A Redoma de Vidro" ("The Bell Jar"), sob o pseudônimo Victoria Lucas, com detalhamentos do histórico de sua luta contra a depressão.